segunda-feira, 2 de junho de 2014

Semana da leitura.O_o

   Na Semana da Leitura, a nossa escola comemorou os 800 anos da língua portuguesa. Cada turma ficou responsável por dar a conhecer escritores portugueses e as suas obras às outras turmas. A nossa turma ficou encarregue de dar a conhecer Manuel Couto Viana e Luísa Ducla Soares. Constituíram-se  grupos nos quais, um encarnava um  autor e outros dois liam poemas da sua autoria.
   Os poemas que a minha turma leu foi:

                                                  O TESTAMENTO DO GATO

 Ai, se eu um dia morrer
não quero ser enterrado,
hei-de ficar ao solinho,
em cima do meu telhado.

Levem-me três carapaus
e um pratito de leite.
Comer sempre bons petiscos
é o meu grande deleite

Convidem três gatas pretas
com unhas bem afiadas,
Pois mesmo depois de morto
preciso de namoradas.

Ai, se eu um dia morrer
não me façam despedidas,
eu volto sempre de novo
que um gato tem sete vidas.

De Luísa Ducla Soares.


A galinha engripada.


A Galinha, 
coitadinha! 
tem sintomas graves 
de gripe das aves. 
Não canta: está rouca, 
e cobre-se de roupa. 
Hora a hora, espirra 
(irra! irra! irra!). 
Fala à sobreposse: 
(tosse! tosse! tosse!). 
Tão doente fica 
que nem depenica. 
Anda o galinheiro 
num grande berreiro, 
temendo que ela 
lhe pegue a mazela. 
Médico afamado, 
o Mocho é chamado 
pra dar a sentença. 

Todo empertigado, 
diz que essa doença 
é só resfriado: 
nada que não vença 
um xarope doce 
que alivie a tosse 
e a rouquidão. 
– «Tome, não hesite, 
que traz o apetite 
pró milho e pró pão. 
E coma a minhoca 
que não a sufoca. 
Mas tenha cuidado 
com o agasalho.» 
– disse o Mocho inchado. 
E voltou ao galho. 
Passaram uns dias 
sem tosse e agonias, 
Cacaracacá!, 
a Galinha já 
põe ovos e canta. 
Tão limpa a garganta! 
A saúde é tanta 
que a todos espanta. 
O Mocho do galho 
fez um bom trabalho!


















quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O Príncipe feliz.

    Eu li este conto, porque tive interesse em ler mais contos do mesmo autor de "O Gigante egoísta"  (de Óscar Wilde) que lemos na aula de português.
  O conto  "O príncipe  feliz" é a história de uma estátua de um príncipe que reinava na cidade e que morreu. Ele tinha uma espada com um rubi, olhos de safiras e seu corpo era revestido de uma folha fina de ouro.
   Um dia, uma andorinha perdeu-se do grupo, foi ter com um junco e perguntou-lhe se queria que ela o amasse. E o junco fez uma profunda vénia, em aceitação. A andorinha voou e voou à volta dele
   Mas um dia, decidiu partir com o seu grupo e perguntou ao junco se queria ir com ele. Ele disse que não, porque estava muito ligado ao local onde estava. Então, a andorinha partiu.
   Ao passar por uma cidade, decidiu descansar aos pés de uma estátua. De repente, sente uma gota de água a cair-lhe na cabeça e ela pensou que fosse chuva. Na verdade, era a estátua que estava a chorar. Quando a andorinha se apercebeu, perguntou à estátua quem ela era. A estátua contou que era o Príncipe Feliz e estava a chorar, porque estava a ver a cidade em que reinava na miséria.                                    .
   O Príncipe contou que no fundo da rua havia uma costureira que tinha o filho doente e que  não tinha dinheiro para comprar medicamentos.
   Então,  pediu à andorinha que lhe fosse levar o rubi da sua espada, e ela assim fez.
   Quando voltou, o príncipe disse-lhe que passasse lá a noite.
   No outro dia, a andorinha ia partir, mas o príncipe pediu-lhe que lhe arrancasse uma safira  (as safiras eram seus olhos) e a entregasse  a um escritor que não tinha dinheiro. Ela assim fez. Foi entregar a safira e o escritor, ao vê-la, ficou muito contente, porque já tinha dinheiro.
   A andorinha passou mais uma noite com ele. Na manhã seguinte, ele pediu-lhe que arrancasse a outra safira e fosse dá-la a uma menina pobre que vendia fósforos  no meio da rua. Se ela não levasse dinheiro para casa, o pai bater-lhe-ia.
   A andorinha fez o prometido. Pousou-a levemente nas mãos dela e foi-se embora.
   Na manhã seguinte, no fundo da rua, estava um grupo de pobres, cheios de fome e de sede, a pedirem dinheiro. Quando a andorinha os viu, contou ao príncipe. Ele pediu que lhe arrancasse a folha fina de ouro e que lhes entregasse.A andorinha assim fez e os pobres ficaram muito contentes, porque já tinham uma coisa que lhes valia dinheiro para conseguirem comprar pão.
   Chegou o inverno. A andorinha estava cheia de frio e quase a morrer.  Perguntou ao príncipe se o podia beijar na mão e ele negou. Explicou que preferia que o beijasse na boca.  Quando a andorinha o beijou, caiu aos seus pés, morta.
  Passado alguns dias, o presidente mandou que retirassem a estátua e que colocassem uma de si próprio no seu lugar. A estátua antiga deveria ir  para o forno.  Tudo derreteu, exceto o seu coração.
   Deus pediu a um anjo que fosse à cidade e que trouxesse as coisas mais importantes que lá havia. O anjo, quando chegou ao céu, entregou-lhe duas coisas: o coração de chumbo do príncipe e a andorinha.
   Deus disse que o anjo fez uma boa escolha.




                                                                FIM